quinta-feira, 29 de novembro de 2012



Vídeo: Bob Fernandes sobre as pessoas mortas por intolerância sexual no Brasil


“É óbvio que ninguém está obrigado a concordar com as escolhas de ninguém. Mas deveria ser óbvio também que na vida cada um escolhe o que quer para si. O que não se pode aceitar é esse fato: 165 seres humanos foram assassinados no Brasil, nesse ano, por decidirem amar a quem querem, e a quem outros não aceitam.”

SJDH reforça ações contra intolerância sexual na Parada Livre



O Programa Rio Grande Sem Homofobia, da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), marcou presença na XVI Parada Livre, realizada neste domingo (25), no Parque da Redenção. Um estande do programa foi montado no local para a distribuição de materiais impressos, leques e camisetas. A iniciativa tem como objetivo chamar atenção para o preconceito e discriminação contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTs). 
No estande, foram coletadas assinaturas para encaminhar o Estatuto da Diversidade Sexual à Câmara dos Deputados. São necessárias 1,4 milhão de assinaturas para protocolar o projeto no Parlamento. Na abertura da Parada Livre, o titular da SJDH, Fabiano Pereira - que representou o governador Tarso Genro - destacou a importância da mobilização e lembrou que a cada dois dias uma pessoa é vítima de homofobia no Estado. "Hoje é dia para avançar e vencer o conservadorismo". 
A Parada Livre foi organizada pelas ONGs Igualdade RS, Nuances, Somos e Liga Brasileira de Lésbicas, e contou com apoio do Governo do Estado e da prefeitura de Porto Alegre. Participaram da mobilização a diretora do Departamento de Direitos Humanos, Tâmara Biolo Soares, e o coordenador de Diversidade Sexual da SJDH, Fábulo Nascimento. 
Rio Grande Sem Homofobia 
Criado pelo Governo do Estado no ano passado com o objetivo de mobilizar a sociedade em defesa da dignidade humana e pela promoção dos direitos da população (LGBTs), o Programa Rio Grande Sem Homofobia desenvolveu diversas ações ao longo de 2012. 
Ações do Programa RS Sem Homofobia em 2012 
- Instituição do Dia Estadual de Combate à Homofobia 
- Realização de oito conferências regionais LGBT 
- Realização da Conferência Estadual LGBT, com representantes de todas as regiões do Estado 
- Iluminação do Palácio Piratini com as cores do arco-íris 
- Realização da exposição Homofobia tem cura: educação e criminalização 
- Realização de 12 Seminários Regionais RS Sem Homofobia com a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos 
- Realização do Encontro Estadual de Gestores LGBT 
- Apoio às Paradas do interior e capital 
- Capacitação de 10 mil servidores públicos sobre o tema da diversidade sexual 
- Aulas sobre homofobia, diversidade e abordagem policial na Academia de Policia Civil e Brigada Militar 
- Criação de ala específica para população gay e travesti no Presídio Central 
- Capacitação de todos os servidores do Presídio Central em parceria com a Secretaria de Segurança Pública 
- Primeiro Estado a instituir a carteira de nome social para travestis e transexuais 
- Campanha pela divulgação da Lei 11.872/2002, Lei RS Sem Homofobia 
- Apoio ao Dia da Visibilidade Lésbica e ao Dia da Visibilidade Trans.
- Criação do Comitê Estadual de Enfrentamento à Homofobia 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012




Indagados sobre e existência ou não de preconceito contra as pessoas LGBT no Brasil, quase a totalidade da população responde afirmativamente: acreditam que existe preconceito contra travestis 93% (para 73% muito, para 16% um pouco), contra transexuais 91% (respectivamente 71% e 17%), contra gays 92% (70% e 18%), contra lésbicas 92% (para 69% muito, para 20% um pouco) e, tão freqüente, mas um pouco menos intenso, 90% acham que no Brasil há preconceito contra bissexuais (para 64% muito, para 22% um pouco). Mas perguntados se são preconceituosos, apenas 29% admitem ter preconceito contra travestis (e só 12% muito), 28% contra transexuais (11% muito), 27% contra lésbicas e bissexuais (10% muito, para ambos) e 26% contra gays (9% muito). (Gráficos 1a e 1b)
O fenômeno de atribuir os preconceitos aos outros sem reconhecer o próprio é comum e esperado, posto que por definição a atitude preconceituosa é politicamente incorreta.


No entanto, chama a atenção, neste caso, as taxas relativamente elevadas de pessoas que admitem ter preconceitos contra os grupos LGBT: na pesquisa Idosos no Brasil, em 2006, 85% dos não-idosos (16 a 59 anos) afirmaram que há preconceito contra idosos na sociedade brasileira, mas apenas 4% admitiram ser preconceituosos em relação aos mais velhos; e na pesquisa Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasil, em 2003, 90% reconheciam que há racismo no Brasil, 87% afirmaram que os brancos têm preconceito contra os negros mas apenas 4% dos de cor não preta assumiram ser preconceituosos em relação aos negros.
Certamente, é preciso aprofundar a investigação sobre o fato de o preconceito contra a população LGBT ser mais admitido. Mas duas hipóteses, não necessariamente excludentes, parecem concorrer para explicar esse contraste: tomando o dado em sua “literalidade” (como em geral convém, até prova em contrário), a maior admissão de preconceito contra LGBT seria expressão de um preconceito efetivamente mais arraigado, mais assimilado e menos criticado socialmente. A alta disseminação de piadas sobre “bichas” “veados” ou “sapatonas” por exemplo, e sua aceitação social, como atesta a presença cotidiana de personagens caricaturais em novelas e programas na TV, considerados humorísticos, também seriam evidências disso.
A segunda hipótese é que a maior admissão de preconceito contra LGBT tem a ver com a “natureza” da identidade sexual, para muitos vista como uma opção ou preferência – em contraste com as identidades “raciais” ou etárias que, de modo mais evidente, independem das escolhas individuais, sendo assim não passíveis de crítica (ao menos deste ponto de vista) e, conseqüentemente, mais incorreto discriminá-las. De fato, 31% discordam (25% totalmente) que “ser homossexual não é uma escolha, mas uma tendência ou destino que já nas nas ce com a pessoa” e 18% concordam apenas em parte (só 37% concordam totalmente) com isso. Ora, se acho que é gay (ou lésbica) quem quer, posso considerar sua opção um erro e punir (discriminar) quem a faz.
É sintomático a esse respeito que, diante de duas alternativas, se “os governos deveriam ter a obrigação de combater a discriminação contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais” ou se “isso é um problema que as pessoas têm de resolver entre elas” 70% concordem com a segunda alternativa, contra apenas 24% que entendem que o combate contra a discriminação da população LGBT deve ser objeto de políticas de governo. Em contraste, em 2003, 36% avaliaram que “os governos deveriam ter a obrigação de combater o racismo e a discriminação racial” contra “apenas” 49% que consideraram que “isso é um problema que as pessoas têm de resolver entre elas, sem a interferência do governo”.

Exposição fotográfica tem mães de gays contra a homofobia.


A exposição fotográfica “Mães pela Igualdade” começou no final da tarde desta quarta-feira (2), no Rio de Janeiro. O evento retrata a participação de mulheres de todo o Brasil na luta pela igualdade de direitos dos filhos gays, lésbicas, travestis e transexuais, principalmente contra a homofobia. São 22 mulheres que resumem nas frases gravadas nas imagens as alegrias e dificuldades de ser mãe de um filho homossexual no país.Algumas dessas mães carregam histórias trágicas. A pernambucana Eleonora Pereira perdeu o filho, o produtor cultural José Ricardo, quando ele tinha apenas 24 anos, vítima da intolerância sexual. Espancado brutalmente por dois homens em Recife no dia 16 de outubro de 2010, veio a morrer dois dias depois. Encontrou no grupo “Mães pela Igualdade” uma causa que a conforta e a move na luta por direitos igualitários a cidadãos LGBTs. “Essa exposição quer mostrar para a sociedade que homossexual tem família. Homossexual não é aberração. Mãe de homossexual ama, cuida e sofre com as violências que seus filhos sofrem. O ‘Mães pela Igualdade’ é um coletivo de mulheres que dizem que seus filhos não estão sozinhos nessa luta. São mães que saíram do armário juntamente com seus filhos para lutar pelos direitos LGBTs, contra a LGBTfobia”, disse.O crime foi praticado na porta da casa da família. José Ricardo foi sequestrado por dois homens, segundo a investigação policial. Dentro do presídio, os assassinos confessaram para os colegas de cela que mataram um homossexual. A informação chegou a Eleonora – que fazia anteriormente trabalho com detentos em presídios – e à delegada. A discriminação foi a causa apontada para o homicídio no inquérito policial.
“Era meu amigo, meu confidente. Querido por todos. Através do meu trabalho com direitos humanos em presídios, acabei descobrindo que os assassinos o mataram pela questão sexual, por meu filho ser gay. Esse vazio que meu filho deixou tento preencher com a luta contra a violência, a homofobia, o preconceito e a discriminação. Meu filho não tinha maldade com ninguém, mas a maldade levou ele. A homofobia dói, machuca e mata”, declarou Eleonora.A paulista Lilian Arruda esteve presente ao lado do filho, o advogado Luís Arruda, quando foi vítima de uma ação homofóbica de um dono de bar que tentou expulsá-lo do estabelecimento ao vê-lo abraçado com outro homem. Apesar de admitir o medo de ver o filho sofrer, diz-se orgulhosa do homem que ele é. “No início tive preocupação com o preconceito, a violência que ele poderia enfrentar. Para mim era algo desconhecido. Mas vivendo o dia-a-dia, o que prevaleceu foi o amor e o enriquecimento para a minha vida”.A alagoana Dinalva de Oliveira encontrou em um primeiro momento dificuldades para entender a orientação sexual do filho, Otávio. Evangélica, afirma que conseguiu vencer o preconceito. Ela prega “o amor acima de tudo”. “Sou contra a violência. No início ficou difícil aceitar, até por eu ser evangélica, mas agora aceito numa boa. Nós que lemos a bíblia sabemos que o amor está acima de tudo. Se nós somos evangélicos e pregamos o amor, porque não aceitar nosso filhos gays? Esse é o amor de mãe. Eu amo demais o meu filho”, declarou.Dinalva ajudou a mãe do namorado do filho, católica fervorosa, a aceitar o relacionamento do casal. “A mãe do namorado do meu filho quando descobriu ficou muito agressiva. Eu ia à casa dela mas ela não me recebia. Ela dizia que era muito católica e eu respondia: e eu que sou nascida e criada em um berço evangélico? Ela acabou passando a entender”, relatou.Organizada pela ONG internacional AllOut, a exposição, segundo a diretora Flávia Abrantes, é mais um passo para o combate a homofobia no Brasil e a aprovação de leis que atuem neste objetivo.“O movimento é uma luta global para remover as barreiras legais e culturais que impedem as pessoas de viver abertamente, casar com quem elas amam. A campanha ‘Mães pela Igualdade’ é parte disso. O Brasil é campeão mundial de crimes homofóbicos. Nós precisávamos de uma campanha que elevasse a discussão para além do que já existia. A necessidade de uma legislação que criminalize a homofobia.As ‘Mães pelas Igualdade’ são mulheres comuns, não são mulheres famosas, mães que estão lutando pelos direitos dos filhos e dos filhos de outras mães. Mães que tiveram seus filhos assassinados em crimes que estão impunes. A campanha fala desse amor de mãe, o amor incondicional”, relatou.Expostas ao ar livre, as fotos seguem na Praça 15, no Centro do Rio, até o próximo dia 8 e depois seguem para outros locais da cidade até o final do mês das mães. A iniciativa é apoiada pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) da Prefeitura do Rio. Um segurança ficará 24 horas por dia cuidando para que os painéis não sejam depredados.A partir do dia 9 segue em exposição no Leblon, na Praça Antero de Quental. A partir do dia 16, as fotos ficam expostas na Praça Saens Pena, na Tijuca e, por fim, a partir do dia 23, no Centro Cultural AfroReggae, em Vigário Geral. (Com informações de Felipe Martins, UOL/RJ)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012


LGBT


LGBT ou ainda, LGBTTTs, é o acrónimo de LésbicasGaysBissexuaisTravestis,Transexuais e Transgêneros (o 's' se refere aos simpatizantes). Embora refira apenas seis, é utilizado para identificar todas as orientações sexuais minoritárias e manifestações de identidades de gênero divergentes do sexo designado no nascimento.

O Preconceito Sexual, é discriminar alguém pela sua escolha sexual. Homossexuais e bissexuais, são agredidos por não serem “iguais” às regras da sociedade. como emagrecer Muitas pessoas, escondem a sua opção sexual, simplesmente por medo, pois temem serem discriminados pelos outros, e sofrerem de insultos, brincadeiras e apelidos indesejáveis.